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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cervejeiros, coloquem as barbas de molho!

Calma!!!! Não, não é mais aumento de impostos.... 

John Maier e sua barba
A cervejaria Rogue enviou amostras de levedos selvagens coletados em sua plantação de lúpulo para o laboratório da White Labs em San Diego para cultura e testes, mas nenhuma cepa apropriada para fermentar cerveja foi encontrada, então por brincadeira, coletaram folículos da barba de seu mestre cervejeiro John Maier e enviaram para teste...

Descobriram uma cepa de levedos com características perfeitas para produzir cerveja. Agora a White Labs está fazendo testes para se certificar que não se trata de uma cepa já existente que foi parar na barba do mestre cervejeiro.

Este novo fermento já está sendo usado em testes para determinar qual o tipo de cerveja que ele poderia trabalhar melhor. No início de 2013 devemos ter novidades, a "beard beer", New Crustacean.

Cerveja de barba


Quando contaram a novidade, John, que mantem a barba desde 1978, simplesmente respondeu "Estava na minha frente o tempo todo e levou apenas dois séculos e cinco décadas para crescer."

Se quiser ler o original press release da Rogue Ale .

terça-feira, 17 de abril de 2012

Montando a panela de brassagem e fervura

Produzindo cerveja artesanal

      Como já tinha comentado no primeiro artigo onde falo sobre equipamentos, uma ótima maneira de economizar dinheiro é montando o seu próprio equipamento. (clique aqui para ler o artigo)

      Neste artigo vou mostrar como montei a minha panela de brassagem / fervura, relacionando as tarefas que devem ser executadas, as ferramentas e os materiais necessários, tudo de forma bastante didática (espero eu...) e com bastante fotos. Tudo para mostrar que qualquer um com um mínimo de ferramentas, habilidade e paciência, pode sim fazer seu próprio equipamento para produção de cerveja artesanal.

Recomendo fortemente que leiam este
artigo até o final e postem as dúvidas antes
de comprar os materiais.

      Lista de material:
  • Panela de alumínio com tampa (recomendo uma de 45L)
  • Válvula esfera 3/8”
  • Tubo de alumínio 3/8”para refrigeração quantidade suficiente para dar uma volta na panela
Estas são as conexões utilizadas
  • Fita teflon (veda rosca)
  • 02 Arruelas de alumínio
  • Conexões de latão:
      * 01 Tee de latão macho central tipo compressão
      * 02 Anilha de latão 3/8" tipo compressão
      * 02 Porca de latão 3/8" tipo compressão
      * 01 Niple macho x fêmea 3/8" rosca cônica
      * 01 Redutora macho x fêmea rosca paralela
      * 01 Bico P/ Mangueira 3/8" rosca cônica

      Ferramentas:
 • Lima meia cana
 • Paquímetro
 • Furadeira elétrica (é desejável ter controle de velocidade)
 • Broca aço rápido 1,5 mm
 • Broca aço rápido 8 mm
 • Chave inglesa
 • Chave de boca para as conexões (não vou indicar a medida, pois pode variar de acordo com os fabricantes das conexões)
 • Martelo
 • Punção ou prego
 • Ponta montada ou “Pirulito”
 • Arco de serra
 • Serra aço rápido

Mãos à obra...

      O primeiro passo é definir a posição em que a válvula esfera deve ficar. Com relação a altura, quanto mais próximo a parte inferior, menor será a perda de mosto no fundo da panela, tanto durante a filtragem quanto após a fervura. Esta altura influencia também o quanto de "trub" levamos para a próxima etapa, se ficar muito baixo, o mosto vai arrastar o "trub" que está decantado no fundo da panela.

Desenho 001
      Eu decidi por deixar o mais baixo possível, mas temos um fator que limita isso: a curvatura que liga a parede da panela a sua base. É preciso deixar um espaço para as conexões e arruelas se acomodarem e efetivar a vedação desejada. No meu caso, as arruelas tem um diâmetro externo de 25 mm e para não pegar na curva, o centro do furo deve estar a 14 mm acima da curva, conforme desenho 001.

Desenho 002
      Outra coisa a se levar em conta ao definir a posição da válvula esfera, é a posição das alças de transporte da panela. Em minha opinião, deve ser a 90º das alças, como no desenho 002, pois se for necessário movimentar a panela, uma pessoa pega em cada alça e a válvula não vai ficar batendo nas canelas.







Observação importantíssima:
Evite ao máximo movimentar a panela com líquido quente, é um risco desnecessário!

Foto 001
      Veja na foto 001 como será montado todo o conjunto de conexões de latão. O lápis está na posição em que a parede da panela vai ficar. Esta sequência foi pensada também de modo que toda a parte interna, a conexão tee e o tubo perfurado possam ser retirados após a filtragem (foto 002) permitindo que a panela possa ser usada para ferver o mosto. Assim podemos ter apenas uma panela para as duas tarefas, pelo menos inicialmente. Com o tempo compre a segunda panela. Facilita bastante o processo.


Foto 002
      Uma vez definida a posição, bata com um martelo e a punção, neste ponto, fazendo uma pequena depressão. Isto serve para a broca não escorregar na hora de furar. Faça um furo com a broca de 1,5 mm.

      Ok, eu sei que o alumínio é um metal bastante macio e dava pra furar direto com a broca mais grossa, mas exatamente por ser macio, já vi casos em que a broca fica vibrando e o furo acaba ficando "quadrado".

Foto 003

      Troque a broca de 1,5 mm pela de 8 mm e aumente o furo. Use a velocidade máxima e controle a furadeira para "comer" o metal sem ficar vibrando ou pulando. O furo ainda vai estar pequeno para a conexão niple macho x fêmea. Agora é a hora de usar a lima meia cana (foto 003) e a ponta montada (foto 004). Vá ajustando o furo e testando o niple (foto 005) até que a rosca passe pelo furo sem ficar prendendo. Tome cuidado para não deixar folgado demais, pois isto poderia prejudicar a vedação.


Foto 005
Foto 004
       Agora insira o niple pela parte interna da panela, coloque a arruela de alumínio pela parte externa e rosqueie a conexão redutora com as mãos até onde conseguir (foto 006 onde não aparece a arruela, rsrsrs).

Foto 006
       Então com cuidado, enquanto segura o niple por dentro com a chave adequada para não girar, aperte a conexão redutora pela parte externa 1/4 de volta e solte novamente, isso faz com que as roscas, que são cônicas, se ajustem de forma gradativa. Pode colocar uma gota de azeite para facilitar o aperto (isso mesmo, azeite de cozinha, não vá usar WD-40 ou outro lubrificante químico pois vai deixar gosto por muito tempo na panela), repita esta operação de apertar e soltar até as peças começarem a encostar na arruela, então dê um aperto final, o alumínio da panela e da arruela vai ceder um pouco e vedar. Não aperte demais, pois as conexões são de latão e um aperto excessivo pode quebrar a rosca e inutilizar as duas conexões..

      Até aqui, a vedação desejada é proporcionada pelas próprias peças utilizadas, como o alumínio é mais macio que o latão, quando apertamos as conexões, o alumínio cede e se ajusta fazendo a vedação.

      A próxima etapa seria rosquear a válvula esfera na rosca que está para fora da panela, mas esta junção não veda por si só, então precisamos utilizar a fita teflon veda roscas, e tem uma "manha" que não sei se todos conhecem: a fita deve ser enrolada na mesma direção que vamos girar a peça a ser rosqueada, ou seja, no sentido horário. Passe umas 6 ou 8 voltas da fita, apenas na rosca, sem deixar ela tampar o furo (Foto 007 e Foto 008 )

Foto 007
Jeito certo, deixando o furo livre
Foto 008
Jeito errado, tampando o furo











Foto 009
      Agora sim, segurando a conexão redutora com uma chave, rosqueamos a válvula esfera com a mão até onde for possível e finalizamos o aperto com a chave inglesa (Foto 009). Perceba que a alavanca de acionamento da válvula deve ficar posicionada para cima, de modo a facilitar a sua operação (Foto 010).

Foto 010
Para finalizar a parte externa, é só rosquear a conexão bico para mangueira na extremidade da válvula esfera com a mão até onde for possível e finalizar o aperto com duas chaves. Note que sempre seguramos a peça que já está fixada e giramos a peça que é adicionada. Isto é feito assim para não deixar que a peça que já está no lugar se movimente, podendo gerar vazamentos.

      Com a parte externa concluída, vamos montar a parte interna. O filtro (também conhecido por manifold) é feito com o tubo de alumínio, ele deve ser curvado para se acomodar próximo às paredes da panela como na foto 011, o comprimento do tubo deve ser ajustado de modo que a distância entre o tubo e as paredes da panela seja igual em toda a volta. Vamos usar a lâmina de serra para cortar o excesso de tubo, lembrando de eliminar as rebarbas internas e externas após serrar a ponta do tubo.

      As pontas do tubo devem ficar alinhadas com as entradas da conexão tee, como podemos ver na foto 012. Agora que já moldamos o tubo, vamos montar as suas conexões.

Foto 012
Foto 013










      Em uma extremidade do tubo curvado, colocamos uma das porcas de latão com a rosca voltada para fora, em seguida encaixamos uma anilha de compressão, introduzimos o tubo na conexão tee até o fundo (Foto 013), encaixamos a anilha em seu lugar e rosqueamos a porca com a mão até o final. Certifique-se que o tubo está encaixado até final, então com as chaves adequadas aperte a porca até o tubo não girar mais. Isto fará com que a anilha trave no tubo, fixando no lugar. Solte novamente a porca e confirme visualmente, a anilha deverá estar "amassada" como na foto 014. Repita a operação na outra extremidade do tubo.

Foto 014


      Agora vamos encher o tubo de alumínio de furos, que vai virar uma peneira, por esses furos que vamos retirar o mosto, deixando para trás o bagaço de malte.

      Pode-se fazer uma série de cortes com a lâmina de serra, inclusive é muito mais fácil e prático, mas penso que fica muita rebarba na parte interna do tubo, além de enfraquecer a sua estrutura, por isso eu optei por fazer furos com broca, que em minha opinião, fica com acabamento melhor.

      Para esta operação, o ideal seria utilizar uma furadeira horizontal de bancada ( Foto  015), mas eu não tenho, então fixei a furadeira numa morsa controlando sua velocidade usando uma abraçadeira plástica (Foto 016).

Foto 015
Foto 016














Foto 017
      Antes de fazer os furos, apóie o tubo numa superfície resistente e do mesmo modo que fizemos na panela, marque com o punção ou prego os lugares onde serão feitos os furos (Foto 017). Faça as marcações com cerca de 1 cm de distância entre elas. Agora coloque a broca de 1,5 mm no mandril da furadeira, ligue a furadeira, segurando o tubo com firmeza, num ângulo reto, encoste a pequena depressão que foi feita com o punção na ponta da broca fazendo uma leve pressão e observe que a broca já começa a retirar material. Quando passar a primeira parede do tubo, continue furando até atravessar para o outro lado do tubo, assim com um movimento faça dois furos. No meu caso foram 101 movimentos, totalizando 202 furos.

Agora, troque a broca pela ponta montada grande, mantendo a furadeira fixa e retire as rebarbas que ficaram onde a broca sai (Foto 018).

Foto 018
      Agora é só montar tudo, colocar água e testar vazamentos, se não vazar, esvazie novamente a panela, retire qualquer adesivo que tenha na panela (aqueles adesivos da marca ou etiqueta de preço) e lave tudo muito bem com esponja macia e detergente neutro: panela, tampa, a válvula aberta, o tubo, etc...

      Por último, coloque a panela no fogão e encha de água, acenda o fogo e ferva a água por cerca de uma hora. Esta etapa serve para fazer o que chamamos de passivação do alumínio, que cria uma camada de óxido de alumínio.

      Pronto!!!!!!! O dinheiro que foi economizado com a confecção da panela é suficiente para comprar o material para sua primeira leva como eu mesmo fiz, elaborei uma Blonde Ale bem leve (estou preparando o artigo e em breve coloco o link aqui), então, agora fico esperando os convites para degustar essas cervejas maravilhosas, rsrsrs.

Se quiser ver todas as fotos do álbum clique aqui!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

7º Concurso Nacional de Cervejas Artesanais

Como já havia divulgado na Agenda do Nomadedias 07, 08 e 09 de Junho A cidade de Piracicaba sediará o 7º Concurso Nacional de Cervejas Artesanais organizado pelas Acervas e este ano será realizado pela ACervA Paulista.

A avaliação das amostras enviadas pelos cervejeiros será nos dias 07 e 08 na sede da Cervejaria Dama. Palestras e atividades também acontecem nestes dias e durante as noites, confraternização entre cervejeiros, jurados, organizadores e imprensa.

A entrega dos prêmios acontecerá no dia 9, durante um festival regado a muita cerveja artesanal de qualidade.

Localizado próximo a Rua do Porto junto ao rio Piracicaba está o Hotel Beira Rio onde acontecerão as palestras e o grande Festival de Premiação.

Fonte: ACervA Paulista
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Apoio:


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Realização:

 
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Produção:


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Idealização dos Concursos:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Registo do dia de brassagem

Produzindo cerveja artesanal

Elaborei uma planilha para facilitar o controle do tempo e registrar todas as informações durante a brassagem. disponibilizei ela para download na seção Ferramentas Cervejeiras deste Blog.

Notem que algumas células possuem uma marca vermelha em seu canto superior esquerdo, são comentários que coloquei para facilitar a compreensão da planilha como um todo, estes comentários aparecem passando o mouse nestas células.


Disponibilizei também a tabela de correção de densímetro.

Peço que os interssados baixem as planilhas no formato Excel e deixem aqui seus comentários ou dúvidas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Teorias para determinar a potência de uma resistência

Produzindo cerveja artesanal

Pela proposta de layout do sistema que estou montando, inicialmente vou usar apenas uma panela, tanto para mosturação quanto para fervura.

Então, para ter água quente na hora de fazer a lavagem dos grãos, vou montar uma bombona plástica com capacidade para 30 litros e uma resistência elétrica dentro para atingir os 76 ºC necessários nesta etapa.

Ok, mas e agora qual a potência necessária para conseguir isto? E quanto tempo vai levar?

Na verdade, eu é que determino o tempo, dimensionando adequadamente a potência da resistência.

Mais uma vez o "Santo Google" veio para iluminar o caminho deste Nomade. Dentre as milhares de fórmulas apresentadas, selecionei esta:





Onde:
P = Potência em kW
M = Massa do líquido a ser aquecido em kg (para água considere 1kg por litro)
C = Calor específico em caloria por minuto (para água considere 1cal/min)
T1 = Temperatura inicial em ºC
T2 = Temperatura final em ºC
h = Tempo de aquecimento em horas
860 = constante para conversão de kW para calorias.

Quando estava praticando os cálculos, notei uma semelhança com a fórmula da capacidade da chama utilizada num artigo anterior, Calculando o fogo. Porém aqui entra uma constante que não aparece fórmula para aquecimento por chamas. Esta constante é para converter de kW (Unidade utilizada para determinar a capacidade da resistencia) para calorias (Unidade utilizada na fórmula).

Bem, vamos a teoria:
Preciso de 25 litros de água a 76 ºC, considerando a temperatura inicial da água em 20 ºC e uma resistência com 2kW temos:




O cálculo desconsidera as perdas de temperatura para o ambiente, por falta de isolamento térmico.

Portanto, a princípio, utilizando uma resistência de 2000 W, em menos de uma hora terei a água na temperatura desejada, pronta para ser utilizada.

Em teoria, ligo a resistência quando iniciar a mosturação e assim, quando terminar a inativação das enzimas e passar para a lavagem dos grãos, a temperatura da água deverá estar no ponto.

Mas antes de partir para a brassagem, farei os testes e atualizo as informações aqui.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Calculando o fogo...


Produzindo cerveja artesanal


Após um longo recesso indesejado (estou sem computador!!!), retorno com um artigo que, acredito eu, muitos vão achar chato...

É mais um artigo da série "Teorias cervejeiras do Nomade" e foi escrito com base em informações retiradas da internet e comprovados por experiências feitas em casa utilizando estes conhecimentos.

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Eu adoro experiências, mas não gosto de fazer as coisas na "porralouquice", então sempre faço pesquisas antes para saber o que esperar como resultado, mesmo que sejam apenas linhas guia.

Acreditava que poderia ter dificuldades para ferver 25 litros de mosto no fogão baixa pressão residencial comum, mas ainda não estava disposto a comprar um fogareiro de alta pressão, então pesquisei fórmulas para calcular a capacidade térmica de chamas.


Como sempre, o "Santo Google" me atendeu prontamente, com milhares de fórmulas, teorias, TCC's e afins. Após estudar algumas dezenas de link's, selecionei três que mais se aproximaram do meu objetivo e acabei chegando na fórmula abaixo:

Q = ( M . C . Δt ) / T

Onde:
Q = Capacidade de aquecimento (em calorias por minuto)
M = Massa do líquido a ser aquecido (em gramas)
T = Tempo (em minutos)
C = Calor específico (em kcal/kg) ºC
Δt = Variação de temperatura (em ºC)

Testes:
Inicialmente deve-se aquecer um determinado volume de um líquido que conhecemos o valor da caloria específica, o mais óbvio e simples é usar água, para a qual o valor é 1.

Anotamos o volume e a temperatura inicial da água, neste primeiro teste usei 500ml de água (que equivale a 500 g), pois um volume menor que isso aumentaria a margem de erro.

A temperatura inicial da água estava em 23,5 °C.

Liguei o fogo, acionei o cronômetro e esperei a temperatura chegar em 90,0 °C, anotei o tempo (2 minutos e 28 segundos), converti o tempo para base decimal e joguei tudo na fórmula:

Q = ( M . C . Δt ) / T

Q = ( 500 . 1 . (90,0 - 23,5) ) / 2,47

Q = 13.461,54 //

Com isso determinei que a capacidade da chama é 13.461,54 calorias por minuto. Para comprovar a fórmula, repeti o experimento com um volume maior, utilizando agora 5 litros, a previsão era chegar aos 90,0 graus em 24 minutos e 41 segundos, conforme a aplicação da fórmula abaixo:

T = ( M . C . Δt ) / Q

T = ( 5000 . 1 . (90,0 - 23,5) ) /13.461,54

T = 24,69 minutos (em base decimal ou 24 minutos e 41 segundos)

O cronômetro apontou um valor um pouco maior (25 minutos e 15 segundos), esta diferença deve-se a perda de temperatura para o ambiente, mas nada muito gritante.

Os cálculos e medições acima foram feitos na boca grande do meu fogão residencial e devido ao tamanho do meu caldeirão, vou precisar utilizar as duas bocas frontais do fogão, então repeti todos os cálculos e medições na boca pequena, ficando pouco abaixo da grande, 11.083,33 calorias por minuto.

A soma simples da capacidade das duas bocas é de 24.544,87. Portanto, jogando na fórmula, 25 litros deveriam ferver em pouco mais de uma hora, na prática sei que a eficiência será menor, pois não entra no cálculo a perda de calor para o ambiente, mas tenho certeza que será suficiente.

Ainda farei o teste com 25 litros de Água, para confirmar tudo isso, mas por hora, atingi meu objetivo, constatar que não preciso comprar um fogareiro de alta pressão para brassagens de 20 litros.

Para ver meu artigo anterior sobre equipamentos clique no link abaixo.
Desenvolvendo o próprio equipamento de cerveja artesanal


Fontes de consulta:
Google
Wikipedia - Calorimetria
Colégio WEB - Equação fundamental da calorimetria
Wikipedia - Quantidade de calor

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Desenvolvendo o próprio equipamento

Produzindo cerveja artesanal

    Quando você desenvolve o seu próprio equipamento, acaba compreendendo melhor todo o sistema e também cada etapa do processo de fazer cerveja. Seja através de pesquisas na internet, ou em listas de discussão.

    Queria iniciar a produção de cerveja caseira gastando o mínimo possível, então, toca estudar e entender as etapas da brassagem. Além da economia, desenvolver o próprio layout, pra mim faz parte da brincadeira.

    Abaixo relacionei as etapas do processo de fabricação de cerveja, organizado de modo que eu conseguisse determinar quais equipamentos seriam imprescindíveis desde a primeira brassagem e quais teria mais tempo para adquirir.

Etapa 1: Moagem dos grãos
    Consegui fornecedores que me entregam os grãos já moídos. Posso adiar a compra do moedor, daí já parto logo para um moedor de três rolos.

Etapa 2: mosturação
    Aqui normalmente é utilizada a mesma panela que se usa na fervura, a dúvida era com relação ao tamanho, depois de muito escutar os mais experientes, desisti de pegar a panela para 20 litros, comprei uma de 45 litros, se quiser fazer um lote menor, é só diminuir a receita. E com relação a fonte de calor, por hora vai ser o fogão residencial mesmo, já fiz uns testes e constatei que o fogão dá cozinha de casa dá conta do recado.

Etapa 3: filtragem
    Já vi muitos utilizando uma panela com fundo falso ou bazooka do para filtragem, ao invés disso, vou fazer um filtro na panela de mosturação, elimino um recipiente e simplifico esta etapa, terminado o mash-out, abro a válvula e faço a recirculação. Este filtro vai ser de fácil colocação e retirada, pois deve ser sempre bem higienizado.

Etapa 4: recirculação
    Você retira o mosto pela torneira na parte inferior e devolve suavemente por cima dos grãos na parte superior panela. O objetivo é que as cascas e grãos fiquem no filtro formando uma camada que melhora a filtragem, fazendo que menos materiais em suspensão passem para a etapa de fervura.

    Os que já estão num estágio mais avançado de seus equipamentos, utilizam uma bomba elétrica e mangueiras para fazer isto, por hora vou fazer no braço mesmo, com caneca e escumaderia.

Etapa 5: lavagem go bagaço
    Aqui é necessário um recipiente para aquecer a água que será utilizada na lavagem dos grãos após a filtragem, para retirar todos os açúcares e demais componentes produzidos na fase de mosturação.

    Normalmente é utilizada uma panela com o mesmo volume da panela de brassagem ou um pouco menor, que é aquecida pela chama do fogão. Eu preferi utilizar uma bombona de 30 litros com uma resistência, menos uma panela e evito a necessidade de mais um fogareiro.

Etapa 6: fervura intensa do mosto e adição do lupulo
    O equipamento desta fase é uma panela de alumínio com uma torneira para retirar o mosto após a fervura, vou utilizar a mesma panela de mosturação, apenas retirando o filtro para evitar a caramelização do mosto sobre ele.

Etapa 7: resfriamento do mosto de forma intensa
    As opções são:

        1 - Uma bacia enorme que caiba a panela dentro, daí arrumar alguém pra ajudar a tirar a panela cheia de mosto FERVENDO de cima do fogão e colocar dentro dá bacia com gelo (muito perigoso).

        2 - Um resfriador de placas (muito caro)

        3 - E finalmente a minha escolha, um chiller, que é um tubo metálico enrolado em forma de mola espiral, colocado na panela e que fique totalmente submerso no mosto, onde fazemos circular água gelada e acontece a troca de calor, baixando rapidamente a temperatura do mosto.

Etapa 8: transferência do mosto para um recipiente para fermentar
    Preciso de um recipiente estanque e de fácil manuseio, vou utilizar bombonas de 30 litros com boca larga e tampo de rosca com vedação onde vou instalar torneiras na parte inferior por onde se retira o mosto que depois de fermentado, já é cerveja.

Etapa 9: controle da temperatura de fermentação
    Tão cedo não pretendo fazer nenhuma Lager, a temperatura de fermentação das Ale's é maior, em torno de 20 ºC, então uma geladeira normal dá conta por enquanto.

Etapa 10: engarrafamento
    Garrafas: vou reciclar as garrafas de cerveja, tanto de 600ml quanto as long-neck descartáveis, já estou juntando...

    Tampinhas: já comprei no Mercado Livre.

    Fechador de garrafas: tem um nacional que deve ser fixado em uma base, achei meio desengonçado aquele troço... Acabei pagando um pouco mais por um arrolhador italiano que parece um alicate, sensacional, não precisa nem fazer força no bichinho...

    Conforme for "construindo" o sistema vou divulgando.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Exposição sensacional em Belo Horizonte

Os cervejeiros artesanais não se preocupam apenas com a disseminação da cultura cervejeira, uma prova disso é a postagem que li ontem no blog Cervejaria Ave César, falando sobre a exposição que está acontecendo em Belo Horizonte.



Uma mostra de arte romana que acontece na Casa Fiat de Cultura. São esculturas, afrescos, vestimentas, tudo peças originais, vindas de vários museus italianos.

Vale dar uma lida no artigo completo, mesmo quem não curte muito história.

Para ler o artigo completo clique aqui

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Segunda etapa na produção do Mead (Hidromel)

          Como a atividade do air-lock estava muito baixa a alguns dias, vinha acompanhando a densidade com intervalo de dois dias entre cada medição, nas três últimas medições a densidade tinha estabilizado.

          Então, passados 29 dias fermentando em temperatura ambiente, por volta de 26 ºC e sem grandes oscilações, resolvi trasfegar o Mead deixando para trás as frutas e o fermento que estava depositado no fundo dos recipientes, eliminando assim o risco de autólise do fermento.

          Aproveitei e engarrafei uma amostra de cada tipo de Mead com priming, naquelas garrafinhas PET de 250 mL da Coca-Cola, semana que vem vejo como está o sabor...
          O líquido ainda está turvo, por isso vou deixar um mês na geladeira, para assentar bem a levedura, espero que com isso fique bem clarificado, então farei a trasfega novamente, para deixar maturar por mais uns dois meses.

          Daí é só fazer o envasamento final, esperar carbonatar e vamos ver como é que finaliza isso...

Ainda não posso chamar de FG, mas seguem os cálculos de atenuação.

• Passas OG 1062 g/L FG 990 g/L = 9,76% ABV
• Cereja OG 1060 g/L FG 990 g/L = 9,48% ABV
• Sweet OG 1150 g/L FG 1070 g/L = 10,84% ABV
• Brut OG 1085 g/L FG 1033 g/L = 7,04% ABV

para ver as outras fotos, clique aqui

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Preparação para o Festival Brasileiro da Cerveja - Edição 2012

Terminou o Festival Brasileiro da Cerveja no domingo passado 19/11/2011, com um saldo bastante positivo, 450 rótulos diferentes, mais de 20 mil visitantes e a partir de 2012 muda a data do evento, o festival vai abrir o calendário cervejeiro no Parque Vila Germânica em Blumenau (SC). 

Já está atualizado na Agenda Cervejeira do Nomade

O evento será nos dias 22, 23 e 24 de março de 2012 e também vai sediar a edição 2012 do Campeonato Sul Americano de Cervejas.
A festa vai ocupa dois pavilhões do Parque Vila Germânica, um só para a estrutura de apoio, serão seis pontos de alimentação e os estandes serão 100, um aumento significativo em relação aeste ano.