Harmonização… é uma palavra até bacana, mas convenhamos, anda meio desgastada, não? Há alguns dias, no programa Pão e Cerveja, o Maurício Beltramelli me contava sobre o curso de Somelier de Cervejas que ele acabara de ministrar no interior de São Paulo. A profissão parece mesmo ter pegado por aqui… matéria da revista Veja enumera 300 beer-someliers no Brasil, do ano passado para cá. Número considerável, hein? E foi justamente com esse mote que eu logo perguntei ao Maurício se não se tratava da formação de “beer-chatos”! Tenho ouvido muito esse termo e, confesso, me preocupa demais não me transformar em um deles!
Pois então, pensando no assunto, resolvi fazer uma listinha daquelas malices que torram a paciência de quem simplesmente quer tomar sua cerveja em paz! Explico logo: estou listando as chatices que me incomodam. Não são verdades absolutas e nem regras! Afinal, cuspir regras é uma “beer-chatice”e tanto!
Voltando então à palavra “Harmonização”… ela entra na minha lista pelo desgaste sofrido com uso exagerado e muitas vezes fora da hora e do local! Sentar num boteco no fim da tarde e pedir uma simples loura gelada com os amigos do trabalho é um dos eventos sociais mais comuns ao brasileiro. Cerveja é democrática e, todos sabemos , tem esse belo poder de reunir pessoas em torno da mesa para jogar conversa fora. Nessa hora não vale escapar de tomar a cerveja de massa e ainda por cima querer “harmoniza-la”com aqueles tira-gostos clássicos que nenhum botequeiro abre mão! Você será um sério concorrente a não ser convidado para o próximo happy hour!
. Já que estamos no boteco, outra malice sem tamanho é querer convencer aquele seu amigo fiel à mesma marca de cerveja para todo o sempre de que ele não conhece “cerveja de verdade”… aliás, cuidado com esse termo ( cerveja de verdade)…
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