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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

De pequeno produtor a dono de microcervejaria

Publicado em Valor Econômico em 09/09/2011

O biólogo Harry Reinerth, filho de suábio, é um exemplo de pequeno produtor que buscou outra atividade devido à limitação do tamanho da propriedade rural.

Ele e a família venderam as terras que possuíam e há sete anos fundaram a Donau Bier, uma microcervejaria que atende consumidores do interior do Paraná. Ele foi professor durante 12 anos e o pai, que plantava cevada, deu a ideia de mudar de ramo. A nova profissão foi aprendida por meio de leitura e prática. "Há muita literatura em alemão", diz, sobre o idioma que aprendeu cedo.

Reinerth começou com três tanques e triplicou de tamanho há quatro anos. Hoje tem capacidade para produzir 12 mil litros por mês e, na próxima semana, vai receber outro tanque de mil litros. A empresa faz quatro tipos de chopp e abriu no mesmo imóvel um restaurante alemão. O malte da Agrária usado na bebida facilita a logística e garante a clientela. "Meu pai é o maior fã da cerveja que fazemos", conta. A mãe ajuda na cozinha. A família investiu até agora cerca de R$ 4 milhões e espera começar a ter retorno em 2012.

Embora boa parte dos moradores de Entre Rios tenha ligação com suábios, há casos de pessoas que são de fora e foram beneficiadas por projetos da Agrária. Silvino Claus é um agrônomo gaúcho que planta cevada há 17 anos e é cooperado. Segundo ele, embora tenha custo maior de produção, o grão produz mais que o trigo e paga melhor. "Minha cultura preferida é a cevada", afirma ele, que destinou 70 hectares ao grão. "Tenho preço garantido pela indústria."

Para leigos, é difícil distinguir o trigo da cevada. Claus explica que há diferenças na folha e na espiga. A espiga do trigo tem quatro fileiras de grãos, enquanto a cevada tem dois e é mais comprida. O preço de referência é o trigo, com um bônus garantido pela cooperativa.

Os produtores da Agrária plantaram na última safra 28 mil hectares do grão e colheram 114 mil toneladas. Usam três variedades de sementes da Embrapa. A expansão da cultura é limitada por clima e altitude. Claus ensina que a cevada gosta de temperatura entre 10 e 25 graus, e dá melhor em solos acima de 900 metros do nível do mar.

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